Criança está grávida de 5 meses e está sob os cuidados da Cruz Vermelha.
No Paraguai, o aborto só é permitido em caso de riscos à vida da mãe.
A Polícia Nacional paraguaia prendeu o padrasto da menina de 10 anos que está grávida de 5 meses e gerou um debate sobre a legislação sobre aborto no Paraguai.
Gilberto Benitez Zarate, de 42 anos, que estava foragido há duas semanas, quando foi detectada a gravidez da menina, supostamente como consequência de estupros do padrasto.
A criança está sob os cuidados da Cruz Vermelha, em Assunção, enquanto a mãe está em prisão preventiva acusada de cumplicidade.Ele foi preso no sábado (9 ) no departamento de Caazapá, ao leste do país. O padrasto é suspeito do crime de "coação sexual" contra a menor, informou a polícia. Ele nega o crime.
A gestação é mantida, já que no Paraguai o aborto só é permitido em caso de riscos à vida da mãe.
A Anistia Internacional (AI) lançou a campanha "#NiñaEnPeligro" (Menina em Perigo) para tentar convencer o governo a permitir o procedimento.
De acordo com os números de 2014, que ainda são provisórios, 684 meninas com idades entre 10 e 14 anos e 20 mil com idades entre 15 e 19 deram à luz no ano passado, segundo a agência EFE.
'Eu não toquei nela'
Se condenado, Benitez poderia enfrentar uma pena de até 15 anos de prisão. Ele, no entanto, nega ter cometido qualquer crime.
Se condenado, Benitez poderia enfrentar uma pena de até 15 anos de prisão. Ele, no entanto, nega ter cometido qualquer crime.
"Eu não toquei nela. Sou inocente", defendeu-se, depois de garantir que sua esposa o culpou porque eles estavam brigados, segundo relato da agência France Presse.
"Estou disposto a fazer todos os testes para mostrar que não fui eu", acrescentou. "Com quantas mulheres já estive e nunca ficaram grávidas...O que acontece é que eu briguei com a minha namorada. Ela adora criar problemas", completou.
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