De acordo com levantamento do Estado, dos 65 deputados participantes da Comissão Especial, 32 se manifestaram favoravelmente ao impedimento da presidente Dilma Rousseff; 20 contra; 10 estão indecisos e três deputados não quiseram revelar o voto. Importante lembrar que essas posições ainda não são definitivas – e que existe muita negociação em curso no Congresso. São necessários 33 votos para que a comissão referende o parecer do relator.
Ontem, o relator do processo na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), deu parecer favorável ao procedimento.
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) que já havia definido voto contra o impeachment, declarou que, agora, se sente livre para votar favoravelmente (ele acusa o governo de comprar deputados do PP com cargos). Ainda assim, Maluf não deixou claro qual será sua posição.
Os votos do seu partido estão divididos: Jerônimo Goergen (RS) e Júlio Lopes (RJ) estariam a favor do impeachment; já Aguinaldo Ribeiro (PB) e Roberto Brito (BA) se manifestaram contrários. Uma flutuação no PP pode definir a votação.
O PR vive situação semelhante. Dois deputados já se posicionaram do lado do Planalto (José Rocha, BA; e Vicentinho Junior, TO). Outros dois parecem aguardar os próximos passos. Quintela Lessa (AL) diz ainda estar indeciso, já Edio Lopes (RR) não foi encontrado.
No PMDB, que oficialmente deixou o governo, seus deputados oscilam: quatro são a favor; três se dizem indecisos e um (Leonardo Picciani, RJ) é contra.
Bancadas do PSDB e do DEM estão fechadas a favor do impeachment. PT, PC do B e PSOL votam pela manutenção do governo. O deputado Jhonatan Jesus (PRB-RR) não quer revelar seu voto e também não se declarou indeciso.
O relatório será votado até segunda-feira. O parecer é uma orientação ao plenário. Seja qual for a decisão da comissão, ela terá de ser submetida à votação por todos os deputados.
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